A situação dos airbags defeituosos da japonesa Takata virou um dos maiores escândalos da indústria automotiva nos últimos anos. Quase 2,5 milhões de carros estão com um recall pendente por uma falha que já matou 7 pessoas no Brasil.

O defeito foi descoberto mais de uma década atrás, e envolve quase 20 fabricantes e mais de 100 milhões de veículos em todo o mundo. Mais de 5 milhões de carros foram chamados para trocar a peça com defeito e só metade dos proprietários apareceram, sendo que o reparo é gratuito.

O imenso recall da japonesa Takata veio à tona em 2013 e novos chamados por causa do defeito continuam sendo descobertos. Ao menos 30 mortes e 300 feridos estão relacionados à falha, de acordo com agência Reuters.

O problema está em uma peça chamada insuflador, que é tipo uma caixa metálica que abriga o gás, que faz a bolsa de ar inflar em uma velocidade de até 320 km/h. Essa força faz a peça se estilhaçar, atirando pedaços de metal contra os ocupantes e causando ferimentos que podem ser fatais.

Os airbags da Takata usam nitrato de amônio para fazer a bolsa de ar abrir. O nitrato, por si só, é relativamente pouco explosivo, mas não pode ser aquecido. O risco é maior após longa exposição do carro ao calor ou a ambientes úmidos.

A montagem do dispositivo da Takata permite que a umidade penetre no airbag e corrompa partes metálicas, que se quebram na explosão, rompem a bolsa e atingem os ocupantes.

A lei obriga que as montadoras anunciem os recalls em meios de comunicação, assim como no site e em cartas aos proprietários dos veículos envolvidos.

Com informações de André Paixão, do Autoesporte.